Poesias de um desconhecido
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Poesias de um desconhecido
BALADA DA (NOVA) BOMBA
bomba esperta agora a ninguém mais assombra
não amedronta mais nem nos provoca insônia
não incomoda nada agora a ex-fanfarrona
mora em outro lugar talvez além das sombras
a bomba espera calma em nós já não assoma
não nos atiça mais não faz beijar a lona
mas onde quer que esteja a bomba de nós zomba
onipresente e fria em sua nova ronda
pois a bomba nos vê dia e noite nos sonda
noite e dia vigia e do tempo é a dona
e na tocaia afia a mais mortal peçonha
e mil formas ensaia e se desmonta e monta-se
porém onde andará tão sutil geringonça?
pois ela já não silva a bomba já não rosna
pois ela já não zune agora em nossas fronhas
sorri não ameaça está apta está pronta
porém onde andará? (anda só feito monja?)
talvez lá numa estrela altaneira se esconda
ou num buraco negro ou maior já desponta
em meio à lua e ao sol tão bela e tão redonda
ou só aqui na terra a fera vem à tona
e voa por aí travestida de pomba
ou quieta e sedentária é uma flor que se encontra
só lá no piauí em madri ou em roma
ou bem nesta cidade é que a bomba funciona
talvez é caridosa uma gorda matrona
quem sabe eu a conheça ordeira e tão risonha
quem sabe a vi na feira ou no açougue ou na zona
vai ver mora ao meu lado e é gentil e é tristonha
e é só e entediada e postais coleciona
e um dia se revela e terrível e medonha
gargalha atrás da porta em minha aorta afônica
TE VER
deus ó deus onde estás que
não respondes em
que site em que enter
tu te escondes?
VIDA
minha vida é
um buraco cheio
de pedras capim
é um vaso pesado
é um vácuo
cheio de nada de
mim
MICROELEGIA
ó hipólita ainda troco meu
carro moto computador minha
mais nova esperança
parabólica pelo teu poema mais
estrambólico
MINIELEGIA
vi
no quarto do moço
noivo morto misantropo além de
mil
espelhos revistas pornográficas
fitas de vídeo pichada na parede a
frase solitários do mundo todo é
hora
uni-vos agora estou convosco
vivo
RESSURREIÇÃO
sentar à mesa
e repartir o feijão e
a fé brindar à emoção
e à incerteza
fofocar com franqueza
falar de maria e de joão do
que vai no coração
na sobremesa
repartir
o dia e a dor o
desespero o ardor
repartir
o medo e os sonhos
mais medonhos
CHUVA ÁCIDA
o dia
não diz mas cada
gota hora
que
cai e fala e cala
é outro
sonho que
não jorra mais
do susto
pulso
do
suicida cada céu
que nasce e triste
e tenta e fere e
falha e vai embora é outra
estaca estrela que estraçalha
cada
dia cada dia
cada
aurora
20 MICROPOEMAS
Número 1
saudade
seduz
cágado
apressado
na
velocidade
da
luz
Número 2
viver
só
de
brisa
e
de
poesia
morrer
só
de
birra
e
de
disenteria
Número 3
luz
mais
luz
na
minha
cruz
e
no
teu
cuscuz
Número 4
o
trem
trem
asas
trem
sim
trem
que
eu
vi
Número 5
você
é
duca
uca
puta
bazuka
na
cumbuca
Número 6
ela
é
tão
bela
ainda
que
capela
ainda
que
cadela
Número 7
vida
longa
vida
breve
ah
só
me
sinto
feliz
atarracado
em
tua
pélvis
Número 8
poesia
junção
entre
a
pinga
e
o
arroz-
feijão
Número 9
só
nu
no
pó
sem
luz
nem
dó
sem
cruz
nem
sus
mas
ris
Número 10
poesia
bebo-a
porque
onírica
é
pois
se
mais
insólita
fosse
comê-la-ia
Número 11
bendito
qualquer
grito
que
esfria-nos
o
saco
e
o
do
infinito
Número 12
noite
alta
céu
lotado
de
estrelas
e
eu
aqui´
só
pensando
em
comê-las
Número 13
poesia
ecos
de
um
velho
amor
que
virou
vagina
e
reto
Número 14
poetar
é
a
maior
fossa
mesmo
que
cantares
rosas
ou
roças
Número 15
a vida é injusta mesmo quando
a gente tem uma causa
calça justa
Número 16
os
brutos
e
os
putos
também
amam
Número 17
poesia
junção
entre
o
binga
e
a
escuridão
Número 18
chove
lá
fora
e
tu
poesia
maria
ficas
mais
um
pouco
ou
sais
à
francesa
e
abruptamente
vais
agora?
Número 19
mexo me remexo
meto me intrometo
mas bem ou mal em geral
só consigo me ajustar a
algum poemeto
Poemeto 20
não
quero
saber
de
quem
aqui
tem
o
maior
q.i.
quero
saber
de
quem
aqui
tem
o
maior
q.ri.
Autor: João Batista dos Santos
bomba esperta agora a ninguém mais assombra
não amedronta mais nem nos provoca insônia
não incomoda nada agora a ex-fanfarrona
mora em outro lugar talvez além das sombras
a bomba espera calma em nós já não assoma
não nos atiça mais não faz beijar a lona
mas onde quer que esteja a bomba de nós zomba
onipresente e fria em sua nova ronda
pois a bomba nos vê dia e noite nos sonda
noite e dia vigia e do tempo é a dona
e na tocaia afia a mais mortal peçonha
e mil formas ensaia e se desmonta e monta-se
porém onde andará tão sutil geringonça?
pois ela já não silva a bomba já não rosna
pois ela já não zune agora em nossas fronhas
sorri não ameaça está apta está pronta
porém onde andará? (anda só feito monja?)
talvez lá numa estrela altaneira se esconda
ou num buraco negro ou maior já desponta
em meio à lua e ao sol tão bela e tão redonda
ou só aqui na terra a fera vem à tona
e voa por aí travestida de pomba
ou quieta e sedentária é uma flor que se encontra
só lá no piauí em madri ou em roma
ou bem nesta cidade é que a bomba funciona
talvez é caridosa uma gorda matrona
quem sabe eu a conheça ordeira e tão risonha
quem sabe a vi na feira ou no açougue ou na zona
vai ver mora ao meu lado e é gentil e é tristonha
e é só e entediada e postais coleciona
e um dia se revela e terrível e medonha
gargalha atrás da porta em minha aorta afônica
TE VER
deus ó deus onde estás que
não respondes em
que site em que enter
tu te escondes?
VIDA
minha vida é
um buraco cheio
de pedras capim
é um vaso pesado
é um vácuo
cheio de nada de
mim
MICROELEGIA
ó hipólita ainda troco meu
carro moto computador minha
mais nova esperança
parabólica pelo teu poema mais
estrambólico
MINIELEGIA
vi
no quarto do moço
noivo morto misantropo além de
mil
espelhos revistas pornográficas
fitas de vídeo pichada na parede a
frase solitários do mundo todo é
hora
uni-vos agora estou convosco
vivo
RESSURREIÇÃO
sentar à mesa
e repartir o feijão e
a fé brindar à emoção
e à incerteza
fofocar com franqueza
falar de maria e de joão do
que vai no coração
na sobremesa
repartir
o dia e a dor o
desespero o ardor
repartir
o medo e os sonhos
mais medonhos
CHUVA ÁCIDA
o dia
não diz mas cada
gota hora
que
cai e fala e cala
é outro
sonho que
não jorra mais
do susto
pulso
do
suicida cada céu
que nasce e triste
e tenta e fere e
falha e vai embora é outra
estaca estrela que estraçalha
cada
dia cada dia
cada
aurora
20 MICROPOEMAS
Número 1
saudade
seduz
cágado
apressado
na
velocidade
da
luz
Número 2
viver
só
de
brisa
e
de
poesia
morrer
só
de
birra
e
de
disenteria
Número 3
luz
mais
luz
na
minha
cruz
e
no
teu
cuscuz
Número 4
o
trem
trem
asas
trem
sim
trem
que
eu
vi
Número 5
você
é
duca
uca
puta
bazuka
na
cumbuca
Número 6
ela
é
tão
bela
ainda
que
capela
ainda
que
cadela
Número 7
vida
longa
vida
breve
ah
só
me
sinto
feliz
atarracado
em
tua
pélvis
Número 8
poesia
junção
entre
a
pinga
e
o
arroz-
feijão
Número 9
só
nu
no
pó
sem
luz
nem
dó
sem
cruz
nem
sus
mas
ris
Número 10
poesia
bebo-a
porque
onírica
é
pois
se
mais
insólita
fosse
comê-la-ia
Número 11
bendito
qualquer
grito
que
esfria-nos
o
saco
e
o
do
infinito
Número 12
noite
alta
céu
lotado
de
estrelas
e
eu
aqui´
só
pensando
em
comê-las
Número 13
poesia
ecos
de
um
velho
amor
que
virou
vagina
e
reto
Número 14
poetar
é
a
maior
fossa
mesmo
que
cantares
rosas
ou
roças
Número 15
a vida é injusta mesmo quando
a gente tem uma causa
calça justa
Número 16
os
brutos
e
os
putos
também
amam
Número 17
poesia
junção
entre
o
binga
e
a
escuridão
Número 18
chove
lá
fora
e
tu
poesia
maria
ficas
mais
um
pouco
ou
sais
à
francesa
e
abruptamente
vais
agora?
Número 19
mexo me remexo
meto me intrometo
mas bem ou mal em geral
só consigo me ajustar a
algum poemeto
Poemeto 20
não
quero
saber
de
quem
aqui
tem
o
maior
q.i.
quero
saber
de
quem
aqui
tem
o
maior
q.ri.
Autor: João Batista dos Santos
Jandiro- Mensagens : 6
Data de inscrição : 01/11/2008
Idade : 36
Localização : D
Re: Poesias de um desconhecido
Favor retirar essas porcarias que estão em nome de J.B.S.
Jandiro- Mensagens : 6
Data de inscrição : 01/11/2008
Idade : 36
Localização : D
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